União Soviética, 1962. Cidade de Novocherkaask. Nikita Khrushchov é o primeiro ministro da U.R.S.S.
Uma mulher, mãe, membro do partido e oficial de governo - e defensora de medidas punitivas severas para aqueles que “conspiram” contra o comunismo soviético.
Sua filha, operária em uma fábrica que entra em greve devido ao aumento dos preços das comidas.
Um massacre, que veio à publico apenas 30 anos depois de ocorrido, onde o exército dispara contra os trabalhadores em greve, para assim “controlar” a situação.
A filha desaparece. Sua mãe vai a sua procura, no meio de uma cidade sitiada, com toque de recolher.
Esse é o contexto do filme russo “Dear Comrades”, que consegue contar a história de forma refinada e com toques de humor - que passam a leveza necessária para encararmos o grotesco do acontecido.
Ao longo do filme, nos deparamos com todo aparato burocrático soviético, participamos das tomadas de decisões políticas em momentos de crise, aprendemos sobre toda estrutura montada para a manipulação dos acontecimentos, e acompanhamos a saga de uma mãe que vê todos seus ideais serem colocados em cheque .
Deve competir pelo Oscar de melhor filme estrangeiro - única categoria que nos interessa por aqui desta premiação xexelenta.
Baita filme, desses que minha mãe vai gostar muito.
Caros Camaradas!
Direção: Andrey Konchalovskiy
Roteiro: Elena Kiseleva e Andrey Konchalovskiy
Rússia- 2020 - 1h 01min
Avaliação:
4/5
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